love is the wind...



















estórias soltas da montanha






sim, a montanha tem esse universal arrebatar, do seu tempo que não é dos nossos. território franco e generoso na magnificência da sua grandeza, na abundância de matéria dita inerte, na diversidade das suas vestes coloridas, nas arrojadas variações de escala, na quase infinita sucessão de planos, no aparato dos muitos acidentes, nas relações anormais entre as distâncias.
um desafio permanente. simples porque espontâneo. faz abrandar.
desenhar paisagens montanhosas é deixar livre o lápis seguir caminho, porque nunca deixarão de ser montanhas. são orgânicas: um intricado de linhas e volumes onde mais ou menos luz provoca luxuosos contrastes, onde a organização dos elementos varia sem fim e os contornos oscilam por decisão aleatória, como se do vento responsabilidade fosse. onde o erro pode naturalmente acontecer, admitido como referência, e continuar a viajar, por onde muito do que se questiona tem lugar fértil para sossegar...

dezembro 2013, Pascal Ferreira

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