Tudo sobre rodas...

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...Apesar de percepcionarmos o espaço que nos rodeia e as prováveis consequências do seu envolvimento, tendemos, por diversas razões (muitas delas misteriosas), a resistir-lhe, como se de uma redoma necessitássemos de construir à nossa volta para nos protegermos das agressões vindas do exterior.
Felizmente, há alturas, em que quando solicitados, sentimo-nos encorajados em quebrar essa mesma redoma e com audácia explorar o mundo novo. - É tempo de deixar o que está para trás e "fazermo-nos à estrada". O mundo exterior passa a revelar-se cada vez mais sedutor à medida que o conciencializámos. É entretanto nessa altura que resolvemos que caminhos percorrer, quais as direcções a tomar.
Quando em vez, adaptámos mecanismos de orientação porque nos sentimos algo perdidos, confusos perante tanta informação diante dos nossos olhos.
Reorientados, tomamos então opções! É quando queremos deixar a nossa marca porque descobrimos terreno fértil para investir. Invadimos o espaço encontrado e plantámos a nossa árvore, ali, junto das outras, para um dia mais tarde colher frutos.
Entretanto, ao longo da viagem, encontrámos um outro que também navega à procura do seu rumo. Estabelecem-se pontos de contacto. Construímos uma ponte de ligação, maior parte das vezes frágil porque tendemos a desconfiar. Contudo, permitimos a que esse outro nos venha visitar, porque lá no fundo queremos sempre partilhar.
E lá vamos nós por aí, "com a casa às costas" de lugar em lugar, contactando este e aquele, descobrindo isto e aquilo, e onde claro, tudo pode acontecer, e acontece mesmo!
A viagem continua e sentimo-nos bem, porque não estamos só...
Tudo sobre rodas, como diria o meu novo amigo.

Porto, 15 de Dezembro de 2005

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