A instalação que se apresenta surge na sequência de um percurso de trabalho que procura através da metáfora da natureza contar pequenas histórias auto-biográficas onde a Montanha se ergue como revelação de esforço e conquista e a Árvore se implanta como símbolo de reflexão e sapiência. O objecto banco estrutura-se como mecanismo individualizador, conferindo identidade próprio às personagens retratadas.
Esta particular história com dois actores completa-se com a contra-encenação de uma caixa que se assume, inicialmente, como contentor de transporte e armazenamento da paisagem ambicionada e que contribui, decisivamente, para o desenrolar da narrativa. Adivinha-se que o contacto estabelecido entre as duas personagens se perpetue no interior da caixa. Esta ganha natural protagonismo como parte integrante do conjunto, pois, aquando o fugaz momento expositivo, passa a revelar o seu conteúdo, transformando-se assim num privativo e especial plinto.
Porto, 2007
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